Chapter I — Genesis Grécia — anos atrás.
O dia estava claro, e o astro solar brilhava entre as nuvens. Toda a Grécia parecia estar agraciada por aquela manhã de sol escaldante, atípica para a região. Guerreiros da deusa Athena, em seu Santuário, treinavam arduamente para aprimorar suas aptidões físicas e cósmicas, ansiando que, em um futuro próximo, possam adquirir uma armadura das diversas constelações zodiacais e, assim, ser mais eficaz na proteção de sua deusa.
— É melhor você treinar. — disse Ryu, o cavaleiro de Libra. O velho era baixo, com uma estatura física desenvolvida para a idade. Era careca, e rugas tomavam conta de sua testa.
— Sério? Eu não preciso disto! — respondeu o jovem à sua direita, ironizando. Por sua vez, o nome de tal jovem era Edan e, conforme explicara, ele era um iraquiano nascido na região da antiga Babel, a cidade legendária. Sua vila fora invadida e destruída, e por isso teve que sair de suas origens, tornando-se um andarilho. Só mais tarde que o jovem ingressaria para as forças de Athena, virando assim um aspirante à cavaleiro sobre tutela de Ryu de Libra.
— Sim, é sério. O Grande Mestre não ficará contente em ver aspirantes à toa. — respondeu o cavaleiro libriano, com um tom sábio e calmo.
...
— Ataque, infante! — o iraquiano exclamou, mirando seu oponente. Edan mantinha-se com uma postura indiferente, relaxada — braços e pernas cruzadas. Sobretudo, os olhos escarlates do jovem possuíam grande determinação; a determinação de que ele iria ganhar o duelo. Já seu oponente, também um aspirante, cerrava os punhos e colocou-se em uma postura ofensiva, como um boxeador.
— Certo, prepare-se! — o adversário gritou, e partiu em grande velocidade contra Edan, que sorriu diante disso; sua postura não mudou — continuou com os braços cruzados, mas foi preciso apenas um pensamento para ser criado um portal e dali saírem duas espadas — armas lendárias do tesouro sagrado de Gilgamesh. Todos os espectadores se assustaram com o fato; como que um mero aspirante poderia criar portais? Aquilo exigiria uma aptidão cósmica acima da média, talvez à nível dos Cavaleiros de Ouro.
— Não se assustem, essa é só o gênese da minha força! — Edan enfatizou, e as duas lâminas caíram em direção ao aspirante, que colocou as duas mãos para cima — em defesa — e fechou seus olhos, esperando a morte.
...
Felizmente, as espadas foram aparadas. Um homem saltou das sombras e usou suas mãos para desviar o curso das armas.
— O que está fazendo, Edan? — gritou o homem, revelando ser seu próprio mestre, Ryu.
— Estou fazendo o que pediu, "treinando". — respondeu, com um sorriso estampado no rosto. Neste instante, o cosmo do cavaleiro de Libra queimou em um clarão de luz avermelhado. Os olhos do velho encheram-se de raiva, e seus punhos exalaram um cosmo incomum.
— Você não tem direito de tirar a vida de ninguém. — Ryu falou, cerrando os punhos. Logo em seguida, ergueu-os em uma pose de batalha e socou o ar, gritando.
— Cólera dos Cem Dragões! — logo, diversos dragões cósmicos tomaram forma no campo de batalha, indo em direção ao jovem Edan, que assustou-se com aquilo. O aspirante então levantou seus braços e criou um grande portal, e dali brotaram trinta armas — espadas, alabardas e machados.
— Gate of Babylon! — gritou o aspirante, tentando defender-se usando sua principal habilidade. Infelizmente, seu arsenal não foi suficientemente forte para defender o ataque de Ryu, e todas as armas foram rebatidas em um choque cósmico de grande poder. E logo em seguida, o Cólera dos Cem Dragões acertou Edan, desacordando-o.
To be continued...